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Notícia

“Privatiza tudo”: o jogo sujo pela derrota do Brasil

Aqueles que apoiam o time do “privatiza tudo” talvez não percebam, mas não estão demonstrando amor pelo Brasil e pelo nosso povo. Pelo contrário.

Os “donos” daquele time não querem o bem do nosso país, mas estão conseguindo enganar muita gente porque escondem seus lances, que vão contra o bem-estar da população.

Neste tira-teima, você vai conferir o que realmente acontece quando o assunto é privatização. Acompanhe!

Time adversário

Contra os interesses do Brasil, jogam no time do “privatiza tudo”:

  • Setores que desejam lucrar em cima das necessidades do povo, acabando com os serviços públicos prestados pelo Estado;
  • Velha mídia: nunca critica as privatizações, pois seus anunciantes e patrocinadores querem se apropriar das lucrativas estatais e ganhar dinheiro com o serviço que hoje é público;
  • Milícias digitais da internet: altamente financiadas para repetir o tema à exaustão;
  • Políticos extremistas: preocupados com seus próprios interesses, usam discursos radicais para mentir e espalhar ódio contra o que é público;
  • Partidos conservadores (tradicionais e novos): seus políticos são financiados para atuar pelos interesses das elites (econômica, social, política e financeira).

Táticas

Quem conduz o time do “privatiza tudo” sabe que o Brasil é o sétimo país mais desigual do mundo, mas não quer que a população (sobretudo das camadas mais pobres) tenha seus direitos básicos atendidos pelo Estado.

Eles também sabem que 65% dos brasileiros são contra a venda das estatais e dos serviços públicos. Então usam:

  • Discursos de ódio, para martelar o “privatiza tudo” até que as pessoas percam a racionalidade e a sensibilidade pelos mais pobres, e passem a repetir o mantra;
  • Mentiras, para enganar o maior número de pessoas e conquistar apoio às privatizações;
  • Histerias coletivas, para que o povo acredite que precisa enfrentar algum tipo de inimigo (geralmente invisível);
  • Fantasias sobre estatais e serviços públicos, como dizer que são “cabide de emprego”, “coisa de comunista”, “lugar de mamata”, que “dão prejuízo” e muitas outras;
  • Dissimulações, como esconder que só em 2019 as estatais federais geraram mais de R$ 100 bilhões em lucros e que, portanto, não existe parte de um suposto “prejuízo”.

Metas

É contraditório que os torcedores do “privatiza tudo” se digam patriotas, mas incentivem a entrega do patrimônio brasileiro para o capital estrangeiro.

Talvez eles não saibam, mas estatais são criadas para gerar bem-estar, desenvolvimento social e econômico, e reduzir desigualdades, e não só para gerar lucro (embora sejam muito lucrativas, como já mostramos).

Já os serviços públicos existem para garantir o acesso da população a direitos essenciais e a condições dignas de vida.

Privatizar ambos não beneficiaria a sociedade, só aqueles que lucrariam no processo (políticos, intermediários, compradores e outros envolvidos).

E essa é a meta dos setores por trás do “privatiza tudo”: transferir os lucros que beneficiam o povo para as contas bancárias das elites (inclusive fora do Brasil, se os compradores forem multinacionais).

Outras metas são:

  • Ampliar a corrupção;
  • Alocar recursos públicos para o sistema financeiro (que já consome quase metade do orçamento anual do governo);
  • Criar monopólios ou oligopólios regionais;
  • Demitir servidores em massa, impactando diretamente a economia;
  • Facilitar a sonegação (praticamente inexistente nas estatais, que são muito mais fiscalizadas).

Olho no lance!

O povo e o governo de diversos países (inclusive dos chamados desenvolvidos) já perceberam que as privatizações não jogam a favor da população, e mudaram de time: estão reestatizando serviços ou estatais (ou seja, devolvendo o controle ao poder público) que foram privatizados nas últimas décadas.

Nos últimos anos, foram mais de 1.400 reestatizações ou criações de novos serviços, nos mais variados setores. Isso porque, ao contrário do que diz o time do “privatiza tudo”, serviços públicos e estatais são consideradas essenciais mundo afora. Nos Estados Unidos (surpresa!), por exemplo, existem mais de 35 mil estatais (chamadas de public authorities).

Reestatizações têm ocorrido porque a prioridade do setor privado é o dinheiro: os novos donos reduzem o número de funcionários e a qualidade dos serviços prestados para aumentar o próprio lucro. Pioram os serviços e ainda fazem a população pagar mais caro.

Como o povo não quer pagar a mais por serviços de péssima qualidade, pressionam os governos, que acabam voltando atrás e reestatizam serviços e empresas privatizadas. Só como exemplo, foram 411 na Alemanha e 230 nos Estados Unidos.

Se no mundo todo privatizações geram muitos danos sociais, no Brasil, elas têm um agravante: são marcadas por muita corrupção e crimes – como aqueles cometidos pela Vale nas cidades de Mariana (2015) e Brumadinho (2019), em Minas Gerais.

Cadê o cartão vermelho?

Já parou para pensar que se as privatizações ajudassem o país a “reduzir a dívida pública”, essa dívida não teria saltado de R$ 20 bilhões para um valor dez vezes maior durante a “era das privatizações”, no governo de Fernando Henrique Cardoso (1994 a 2002)?

Hoje, ela ultrapassa R$ 6 trilhões, porque todas as privatizações ocorridas em nosso país foram meios de privilegiar as elites usando o Estado.

Nessa partida, vence quem financia as negociações, quem intermedeia as compras (como os políticos que recebem gordas propinas), quem recebe dinheiro para martelar essa ideia na sociedade e quem compra estatais a preço de banana.

Eles jogam sujo, mas não levam cartão vermelho, pois quem sofre as penalidades é o povo brasileiro.

Ainda podemos vencer?

Depois desse tira-teima, você viu que os que torcem pelo time do “privatiza tudo” acabam torcendo pela derrota do nosso país.

Estatais são lucrativas, e parte desses lucros retorna para a sociedade. Além disso, contribuem com gigantescos volumes de impostos (e não sonegam como as empresas privadas). Já os serviços públicos geram bem-estar e atendem as demandas sociais. Não são mercadorias.

Privatizações se mostraram erros históricos, mas ainda podemos vencer de goleada, defendendo as estatais e os serviços públicos.

Afinal, torcer pelo Brasil é mais que vestir a camisa da seleção: é defender nosso patrimônio e o nosso futuro!

Nossa União