O mês de novembro é dedicado à prevenção do câncer de próstata. No Brasil, o alerta é para a saúde do homem em geral. A campanha teve início em 2003 na Austrália e hoje, 17 anos depois, mais de 20 países já fizeram adesão.
A exemplo do que ocorre no “Outubro Rosa” quando comunidade médica, imprensa e sociedade se mobilizam no sentido de informar a população e ressaltar a importância do diagnóstico precoce quanto ao câncer de mama, o novembro azul tem o mesmo propósito com a próstata e alerta sobre os sintomas e sinais.
O câncer de próstata é o segundo tumor maligno que mais faz vítimas entre os homens, só perdendo para o câncer de pulmão e está em primeiro lugar na lista de casos novos de câncer diagnosticados em homens. Entre a população masculina que desenvolve neoplasias malignas a doença representa 28,6 % das mortes.
Esse percentual poderia ser menor se o homem tivesse uma rotina de realização de exames ao menos uma vez ao ano. Outro fator que contribui para isso é a resistência que os homens têm em tratar questões ligadas ao órgão sexual. Nesse sentido, o “Novembro Azul” surge como uma tentativa de quebrar esse paradigma e conscientizar a população masculina da importância de buscar os serviços de saúde. Aqui no Brasil a campanha é abrangente e engloba os cuidados com a saúde integral do homem.
O câncer de próstata tem sintomas iniciais silenciosos e, por isso, muitos casos já são detectados em um estágio avançado da doença. A única forma de identificar precocemente é por meio de dois exames: toque retal e PSA (Antígeno Prostático Específico). Esse exame consiste na medição da quantidade de proteína que, dependendo do nível em que se encontra no sangue, pode indicar a presença de câncer ou algum tipo de inflamação na próstata.
Por falta de informação e preconceito, o exame de toque retal é negligenciado e até repudiado pela maioria dos homens. Daí a grande importância em informar a população sobre os fatores de risco para a doença, como idade, raça (afrodescendentes) e histórico familiar. Em homens negros a incidência da doença é de até três vezes maior se comparada aos homens brancos. A comunidade médica não tem diagnóstico preciso para esclarecer as razões, mas o fato é que a raça negra desenvolve a doença com maior gravidade e com o dobro de probabilidade de morrer.
Além disso, a ocorrência desse tipo de câncer nos homens brancos acontece em geral a partir dos 50 anos, ao passo que em negros se dá entre cinco e dez anos mais cedo. Especialistas recomendam o exame preventivo para afrodescendentes a partir de 40 anos, mesmo sem histórico familiar.
Igualmente como o câncer de mama, o diagnóstico precoce é o que garante a cura em 90% dos casos. Hábitos saudáveis também contribuem muito como fator preventivo. Manter o peso ideal com alimentação a base de legumes e verduras, não fumar e praticar exercícios físicos. Os avanços tecnológicos na medicina têm impactado os estudos sobre o câncer de próstata, trazendo novas formas de diagnóstico, medicamentos e tratamentos menos invasivos.
O homem não precisa ter receio de procurar o urologista quando aparecer os seguintes sintomas:
• Dificuldade de iniciar a passagem da urina
• Dificuldade de interromper o ato de urinar
• Urinar em gotas ou jatos sucessivos
• Necessidade de fazer força para manter o jato de urina
• Necessidade premente de urinar imediatamente
• Sensação de dor na parte baixa das costas ou na pélvis (abaixo dos testículos)
• Sangue na urina ou no esperma
• Dor durante a passagem da urina
• Dor quando ejacula
• Dor nos testículos
• Dor lombar, na bacia ou nos joelhos.
• Sangramento pela uretra.
• Micção frequente.
• Fluxo urinário fraco ou interrompido.
• Vontade de urinar frequentemente à noite (Nictúria).
• Disfunção erétil.
• Fraqueza ou dormência nas pernas ou pés.
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