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Notícia

Com protestos do #29M, servidores públicos mostram força contra reformas

No último sábado (29), o Brasil foi às ruas para mostrar indignação às políticas de morte do governo federal. O sitraAM/RR esteve presente e reivindicou, junto a outras entidades, mais vacina, valor digno de Auxílio Emergencial e interrupção de ataques aos servidores e às privatizações. O protesto que ficou conhecido como #29M é apenas o primeiro de uma série de manifestações previstas para os próximos meses.

“Esperamos que novos protestos ocorram a medida em que o governo avance com pautas que não envolvem o básico, como vacina, auxílio digno e a descontinuidade da agenda de privatizações e da Reforma Administrativa”, afirma Luiz Claudio Correa, presidente do SitraAM/RR.

Os atos contra o governo federal aconteceram em pelo menos 180 municípios, de 24 Estados e do Distrito Federal. No Amazonas, foram registrados protestos em Manaus e em Parintins. O levante foi protagonizado por entidades sindicais, movimentos populares e estudantis.

“A manifestação foi além das nossas expectativas. Consideramos que há um sentimento de rejeição a tudo que está acontecendo no âmbito federal, principalmente em relação à falta de vacina, à aprovação da PEC 32 e a questão das privatizações. Então, acreditamos que o recado foi dado”, pontua o presidente do sindicato.

Os efeitos do #29M foram imediatos, segundo especialistas. Uma das principais consequências é a perda de Bolsonaro ao monopólio das ruas. Até então, na pandemia, apenas movimentos a favor do governo federal estavam sendo registrados.

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Manifestantes percorreram ruas do Centro – foto: divulgação

“Agora ele não pode mais falar que o povo está na rua em seu apoio. Aquela ideia de ‘eu autorizo, presidente’ [slogan usado por manifestantes governistas] não é mais tão simples, porque tivemos um contingente grande de pessoas dizendo que não autorizam o presidente”, analisou Carlos Melo, cientista político, à BBC News Brasil.

Com os protestos, servidores passam uma mensagem direta ao governo federal, que tenta avançar com a Reforma Administrativa na Câmara dos Deputados. Os efeitos também podem ser sentidos na CPI da Covid, que investiga ações e omissões do poder público durante a pandemia.

Protesto virtual

O #29M ocorreu de maneira híbrida para contemplar os manifestantes que não puderam comparecer aos atos presenciais em decorrência da pandemia. O protesto foi transmitido ao vivo pelo canal TV Movimento Popular, no YouTube, onde representantes sindicais também reforçaram a importância dos levantes.

No Twitter, a hashtag #29MForaBolsonaro ficou entre os assuntos mais comentados durante o sábado. Além disso, pesquisas de dados demonstraram que, só nas 24h do dia 29 de maio, ocorreram 1,8 milhões de postagens a respeito dos protestos, na rede social.

O canal TV Movimento Popular disponibilizou, no YouTube, o vídeo completo da cobertura da manifestação. Assista neste link.