Durante audiência para a construção das Metas Nacionais do Poder Judiciário para 2026, o Sindicato dos Servidores da Justiça do Trabalho da 11ª Região e da Justiça Federal do Amazonas (SitraAM/RR) cobrou a contratação de novos servidores, a fim de aliviar a sobrecarga enfrentada pelo quadro atual, que já opera com déficit de pessoal.
A reunião foi realizada na última sexta-feira (9) e contou com a participação do Ministério Público do Trabalho (MPT), a Ordem dos Advogados do Brasil – Seccional Amazonas (OAB-AM), a Associação Amazonense da Advocacia Trabalhista (Aamat), a Associação dos Magistrados da Justiça do Trabalho da 11ª Região (Amatra XI), além de magistrados do TRT-11, servidores, advogados e sociedade em geral.
“Não dá pra manter as metas ou ampliá-las se o quadro de servidores é deficitário e os trabalhadores estão sufocados e, às vezes, assediados para cumprir uma meta impossível de se alcançar com o atual número de trabalhadores”, afirma o presidente do sindicato, Luiz Cláudio Corrêa.
Segundo o relatório Justiça em Números 2024, do Conselho Nacional de Justiça, até 2023, o TRT11 possuía 1.247 servidores. O número de casos pendentes na Corte era de 44.558. “Ou reduz a meta, ou contrata novos servidores para pelo menos cumprir as já existentes, sem as ampliar”, defende o presidente do sindicato, Luiz Cláudio Corrêa, reforçando que o cenário sobrecarrega os trabalhadores.
Definidas pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ), as metas visam aprimorar a eficiência, transparência e celeridade dos serviços judiciais. Por meio de um processo participativo envolvendo magistrados, servidores e sociedade, as sugestões dos tribunais são analisadas e ajustadas conforme os desafios e indicadores de desempenho.
Além de cobrar a recuperação do quadro efetivo, Luiz Cláudio Corrêa reforçou a importância de o tribunal estar atento às demandas dos trabalhadores, assegurando a acessibilidade e inclusão a todos os servidores e servidoras do TRT11.
“Esperamos que o tribunal esteja atento às demandas atuais, assegurando acessibilidade ampla, equidade de gênero, diversidade racial e inclusão. Esses aspectos são essenciais para a democratização do Poder Judiciário e o avanço da Justiça”, disse, durante o evento.
Ascom/SitraAM-RR