A reunião ocorreu nesta quinta-feira (6) e reuniu diversas entidades representativas do funcionalismo público, que reforçaram o repúdio à reforma administrativa e defenderam o fortalecimento do Estado como instrumento de justiça social e atendimento à população brasileira.
O encontro foi presidido pelo ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência da República, Guilherme Boulos, que apresentou a posição do governo federal sobre a reforma administrativa. O ministro afirmou que a proposta não tem apoio do governo, e se trata de uma pauta originada no Congresso Nacional, e reiterou que as prioridades do Executivo estão voltadas à justiça social e fiscal, com foco na isenção do imposto de renda para trabalhadores de baixa renda, taxação dos super-ricos e fim da jornada 6×1.
Boulos foi enfático ao defender que a estabilidade dos servidores públicos é um pilar essencial do Estado democrático e que qualquer medida que atente contra esse princípio não contará com apoio do governo. O ministro também rechaçou a lógica privatista e as formas indiretas de contratação, defendendo o fortalecimento das carreiras, a realização de concursos públicos e a qualificação do funcionalismo.
Em relação à valorização dos servidores, Boulos reafirmou o compromisso do governo com a recomposição salarial e se posicionou contra qualquer medida que leve ao achatamento dos vencimentos. Reconheceu, entretanto, os limites políticos e institucionais que o governo enfrenta no Congresso, mas assegurou que a posição do Executivo é firme na defesa do serviço público e dos direitos dos servidores.
Durante a reunião, a Fenajufe, destacou a necessidade de manter a mobilização da categoria e fortalecer o diálogo com o Executivo e o Parlamento, alertando para os riscos que a PEC 38/2025 representa: fragilização das garantias dos servidores, precarização das carreiras e impactos negativos na prestação de serviços à população. Participou da reunião o coordenador Fábio Sabóia.
A Fenajufe reafirma que seguirá atuando, com seriedade institucional e firmeza, para impedir retrocessos no serviço público. Defender a estabilidade, a valorização salarial e as carreiras no PJU e no MPU é parte central da missão da Federação, que mantém constante mobilização, articulação legislativa e diálogo direto com a base.
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