O 13 de maio é marcado como o Dia da Abolição da Escravatura no Brasil. A data consagra a Princesa Isabel como a heroína branca responsável pela Lei Áurea, que em tese, concedia liberdade às pessoas negras escravizadas.
Essa construção histórica ignora a luta travada pelos povos escravizados e reforça o intuito de apagamento da história de Zumbi dos Palmares, Dandara, Luís Gama e de outras pessoas negras que foram protagonistas da luta pela libertação.
Os reflexos da escravidão perduram até os dias atuais. O racismo descendente do período, coloca negras e negros nas piores condições sociais, econômicas e de trabalho. Vergonhosamente, no país, ainda há registros de trabalho análogo à escravidão.
Por isso, o 13 de maio não é um dia de comemoração, mas de rememorar a história da abolição do povo preto que foi escravizado e que segue lutando por igualdade, por direito à voz e principalmente pelo direito à vida num país que a cada 12 minutos, uma pessoa negra é assassinada.
O Coletivo de Pretas e Pretos da Fenajufe reforça o compromisso com a luta, enfrentamento às desigualdades e o fortalecimento da identidade de negras e negros existentes e resistentes dentro e fora da categoria do PJU e MPU.
Fenajufe