A empresa Unimed Fama, operadora do plano de saúde dos trabalhadores do TRT-11, pretende reajustar o convênio em mais da metade (51,05%) do valor atual. A proposta foi considerada “impraticável”, o que motivou o SitraAM/RR a entrar nas negociações para impedir o aumento e oferecer a opção de reajuste via Índice Nacional de Preços ao Consumidor (IPCA), o que derrubaria o valor para 8,35%, número bem mais justo que o sugerido pela Unimed, até que os números do índice a ser aplicado por sinistralidade sejam auditados pelo perito contratado pelo sindicato.
A discussão para o reajuste já ocorre há mais de dois meses, e teve como última movimentação um comunicado da Unimed ao TRT-11 em que a empresa afirma que irá promover o reajuste de 51% por conta própria, sem um acordo fechado com o tribunal.
“Tendo como requisito tão somente a realização de reunião prévia junto ao TRT-11, o que já ocorrera por três vezes, em 23 de julho, 03 de setembro e 20 de outubro do corrente ano […], a Unimed estará promovendo, na próxima mensalidade a vencer, a aplicação do reajuste anual no importe de 51,05%”, escreveu a operadora.
Apesar de ter mencionado que estava em conversa com o tribunal, a Unimed não esperou o fim das negociações para realizar o reajuste. As conversas não estavam finalizadas, pois ainda é preciso que seja realizada auditoria na frequência de uso do plano por parte dos servidores, a chamada sinistralidade.
Essa sugestão de auditoria partiu do SitraAM/RR, como meio de encontrar uma porcentagem mais adequada para o reajuste do plano. O sindicato apresentou perito ao TRT 11, o qual recebeu uma planilha de atendimentos da Unimed para que pudesse avaliar os números. No entanto, os dados apresentados foram considerados insuficientes.
Por este motivo, o TRT-11 solicitou nova planilha da Unimed, desta vez com todas as informações disponíveis para análise dos sinistros, mas a empresa apenas anunciou o novo aumento do valor do plano de saúde. O SitraAM/RR considerou esse comportamento extremamente abusivo e continuará na luta para que o reajuste seja digno e não prejudique os trabalhadores do tribunal.
“Não concordamos com reajustes abusivos decorrentes desse contrato e continuamos pedindo a auditoria nos números da Unimed Fama”, defendeu Luiz Cláudio Correa, presidente do sindicato.
