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SitraAM/RR e outras entidades solidarizam-se com a greve dos educadores no Amazonas

Em reunião realizada ontem (1), o Sindicato dos Servidores da Justiça do Trabalho da 11ª Região (SitraAM/RR) e demais entidades sindicais, sociais e estudantis de Manaus aprovaram moção de apoio e solidariedade à greve dos professores e demais trabalhadores da educação no Amazonas, que estão parados desde 17 de maio.
Também foi acordada a publicação de um manifesto público conjunto. O anúncio foi feito em coletiva de imprensa no auditório Osvaldo Coelho, da Associação dos Docentes da Universidade Federal do Amazonas (Adua), no campus universitário.
O movimento grevista engloba desde merendeiros(as), servidores(as) do setor administrativo, vigias, profissionais de serviços gerais até professores(as) e pedagogos(as), que reivindicam 25% de reajuste salarial. Os trabalhadores pedem ainda reajustes do vale-alimentação e do auxílio-localidade, revisão do Plano de Cargos Carreira e Remuneração (PCCR) e manutenção do plano de saúde e extensão para os(as) aposentados(as).

O presidente do SitraAM/RR, Luiz Claudio Correa, esteve presente na assembleia desta quinta-feira. Ele avalia que essa é uma luta do serviço público e de todo servidor, para denunciar o esfacelamento das políticas públicas de educação, tanto no governo do estado como no federal. Um exemplo disso, segundo Correa, é o recém-aprovado arcabouço fiscal, cujo relator na Câmara dos Deputados, Cláudio Cajado, incluiu travas para distribuição do recurso do Fundeb aos estados, o que é prejudicial à educação.
“O governo do Amazonas tem tido uma política pública de desvalorização do servidor e de falta de investimento no serviço público, sempre culpando a baixa arrecadação. Mas é preciso entender que essa baixa decorre de políticas equivocadas do governo federal anterior que ele apoiou. Então, sim, ele tem sua parcela de culpa e, neste cenário, não pode querer jogar a conta para os servidores, muito menos aos da educação, que muito lutaram para que as complementações via Fundeb chegassem ao estado”, comentou, justificando a união das entidades nesse voto de solidariedade à greve.
Segundo representantes dos trabalhadores na educação, a categoria vem sofrendo com intransigência do governador Wilson Lima, que tentou intimidar e criminalizar o movimento com uma multa de R$ 30 mil por dia, congelando as finanças da entidade representativa dos trabalhadores e das trabalhadoras. Também foram feitos descontos ilegais na folha de pagamento referente ao mês de abril, período em que a paralisação ainda não havia sido iniciada.
Além do SitraAM/RR e da Adua, participaram da atividade representantes do Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado do Amazonas (Sinteam), Sindicato dos Trabalhadores dos Correios do Amazonas (Sintect/AM); Sindicato Nacional dos Servidores Federais da Educação Básica, Profissional e Tecnológica (Sinasefe); Sindicato dos Petroleiros (Sindipetro-PA), Central Sindical e Popular (CSP-Conlutas), Diretório Central de Estudantes (DCE) da Ufam, Movimento de Luta de Trabalhadores Independentes (MLTI), Movimento Popular, Movimento por uma Escola Popular (MEP), Coletivo Rebeldia, Frente contra o Novo Ensino Médio (FCNEM) e Aliança Revolucionária dos Trabalhadores (ART).