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Notícia

Insatisfação com o governo Bolsonaro marcou o Dia da Consciência Negra em Manaus

A insatisfação com as políticas discriminatórias do governo Bolsonaro em relação à população mais pobre do país marcou, em Manaus, a celebração pelo Dia da Consciência Negra, cujo ato aconteceu na Praça da Polícia, Centro da cidade.
Estiveram presentes na manifestação representantes de diversos movimento sociais, estudantis e de trabalhadores, como a União de Negros e Negras pela Igualdade Racial (UNegro), Afrorigem, União da Juventude Socialista, Central de Trabalhadores do Brasil e sindicatos diversos, a exemplo do SitraAM/RR.
A data, que homenageia a morte do líder negro Zumbi dos Palmares, tem se tonado, cada vez mais, um marco na luta pela igualdade racial e pelos direitos das pessoas negras, que hoje formam 54% da população brasileira, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
“Entre esses direitos estão o acesso à saúde, educação e Justiça, o que será ainda menor caso seja aprovada pelo Congresso a PEC 32 (Reforma Administrativa)”, disse Luiz Cláudio Corrêa, presidente do SitraAM/RR e um dos ativistas do protesto.

Dados sobre a população negra
De acordo com o Atlas da Violência de 2021, divulgado no mês de agosto, a população negra representa 77% das vítimas de homicídio. O dado alarmante mostra que a taxa de mortalidade entre pessoas negras é maior que a soma das mortes entre brancos, amarelos e indígenas.
A raça também é a maior população carcerária, favelada e periférica do Brasil. Os negros e negras são também as maiores vítimas do governo Bolsonaro. A pandemia de Covid-19 levou milhares ao desemprego, ao trabalho informal e à insegurança alimentar. São a maioria na disputa pelo pão de cada dia. São eles e elas que estão na linha da pobreza e da fome.
As mulheres negras, as que mais morrem vítimas de violência ou abuso sexual e que ainda sofrem violência obstetrícia e encabeçam a lista de pobreza menstrual. Os Jovens negros figuram o primeiro lugar como vítimas da violência policial.
O movimento negro registra o dado como “genocídio da juventude negra”. Na pandemia, as negras foram as que mais sofreram violência doméstica e que morreram por feminicídio.

Com informações da Fenajufe