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Notícia

Fonasefe define próximos passos da luta por reposição salarial de 39% e contra as antirreformas

Em reunião realizada nesta quinta-feira (4), o Fórum das Entidades Nacionais dos Servidores Públicos Federais (Fonasefe) definiu os próximos passos para a luta que vem sendo travada por reposição salarial de 39%, com base nas perdas da inflação. Além disso, avançou na mobilização contra as reformas Trabalhista e Previdenciária, que retiraram uma série de direitos e prejudicaram o(a)s trabalhadores (a)s do país; e a Administrativa, que pretende acabar com o serviço público por meio da “privatização” e do loteamento de cargos.

“Fizemos uma série de deliberações essenciais para continuarmos unificados nessa luta. Um dos destaques é, com certeza, a importância de continuarmos mobilizados para que a reposição salarial de 39%, reivindicada por nós, alcance os servidores”, disse o presidente do SitraAM/RR, Luiz Claudio Correa, presente ao encontro, ocorrido em Brasília, na sede da Fenajufe.

Desde dezembro do ano passado, entidades representativas dos servidores públicos federais exigem, através de campanha, um reajuste salarial que recupere as perdas causadas pela inflação. Embora a desvalorização dos salários alcance um percentual de 39%, a considerar quatro anos de congelamento, os sindicatos de base e nacionais pressionaram por uma recomposição emergencial de 19,99%, mas o governo federal, que deveria apresentar a proposta ao Congresso, não o fez.

“Consideramos a unificação da nossa luta como um avanço em nossas conquistas, especialmente pelo período difícil que vivemos, e continuaremos nesta batalha para que essa recomposição seja paga o mais rápido possível e que venha também o equilíbrio financeiro e inflacionário para o país”, comentou Luiz Cláudio.

Uma das maneiras de buscar essa recomposição para o ano que vem é uma carta a ser redigida pelas entidades que integram o Fonasefe. O documento será entregue aos candidatos à Presidência nas eleições deste ano, para que se comprometam com as pautas do serviço público, o que inclui o reajuste com base nas perdas inflacionárias.

Outras lutas

O Fonasefe também aprovou a realização de uma agenda de lutas para os meses de agosto e setembro. As datas que ainda serão divulgadas incluem mobilizações nos estados e na capital, em Brasília (DF), incluindo, a visita a todos os parlamentares. O objetivo é fortalecer a luta sindical e aproximar a defesa da democracia e das eleições deste ano, ameaçadas pelo presidente Jair Bolsonaro (PL).

No caso do pleito eleitoral, o Fórum aprovou uma moção de apoio aos servidores da Justiça Eleitoral, e o fortalecimento dos atos previstos para ocorrer em 11 de agosto, quando a Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo (USP) e a Federação das Indústrias de São Paulo (FIESP) irão ler duas cartas em favor da democracia.

Além disso, o Fórum irá aprofundar os esforços para alcançar a revogação de todas as reformas prejudiciais aos trabalhadores. A articulação deve ocorrer com parlamentares e em cobrança aos candidatos à presidência da República, que têm a prerrogativa de realizar um “revogaço” na próxima gestão.