Aos poucos o Congresso Nacional vai preparando a retomada do ritmo frenético de discussões na primeira metade do ano especial em que eleitores vão às urnas escolher prefeitos e vereadores.
Com muitos parlamentares se candidatando ou trabalhando para eleger aliados nas próprias bases, o período promete ser de sensibilidade e até mesmo, alguma vulnerabilidade política.
Com essas características, abre-se uma janela de oportunidade para pressionar parlamentares na defesa de pautas sensíveis, como a reforma administrativa que será enviada ao Congresso e as atuais PECs que atacam direitos dos trabalhadores, em especial aqueles do setor público.
Vale destacar que apesar do ataque ao funcionalismo público, é no setor privado que os absurdos das reformas trabalhista e da Previdência produzem seus efeitos mais nefastos, aumentando o número de informais e excluídos da proteção do Estado.
Para os servidores, as ameaças imediatas se materializam em medidas propostas como a redução de jornada com redução de salários e o fim da estabilidade. Um caldo grosso cujo resultado será desastroso econômica e socialmente.
Econômica porque todo e qualquer freio na circulação de capitais implica na diminuição da atividade econômica e, por consequência agravamento da crise: desemprego e freio no consumo explicam os números frustrantes na economia brasileira.
Desastre social pelo óbvio que indica: um estado cada vez menor e pronto para servir apenas aos maiores capitais empurrará um número imenso de desvalidos às linhas abaixo da miserabilidade absoluta, dessa vez, sem auxílio estatal. É o tipo de conta que o resultado é sempre o pior possível.
Com o terreno minado, o momento é de ação. A Fenajufe, desde dezembro de 2019, orientou aos sindicatos que pressionem deputados e senadores nas bases eleitorais. Pressionem com que o houver à mão. Pressionem com criatividade, ante a falta de dinheiro e, muitas vezes, de mobilização.
Agora, neste momento que antecede a volta dos trabalhos na Câmara e Senado, a Fenajufe prepara plantão ampliado para fevereiro e reforça orientação para que os sindicatos da base enviem representações a Brasília para acompanhar as agendas do mês, como a reunião ampliada do Fonasefe em 10 de fevereiro e o Ato de Valorização do Servidor Público em 12 de fevereiro.
18 de Março
É contra a destruição e roubo dos direitos dos trabalhadores que o 18 de Março será um dia de mobilização e greve nacional. Para fortalecer essa luta, a Fenajufe reforça orientação aos sindicatos para que visitem as bases nos locais de trabalho e aumentem a pressão sobre os parlamentares neste período. Este é o momento em que deputados e senadores perambulam pelas bases eleitorais preparando-se para as eleições municipais. A hora de pressionar, de protestar e exigir compromisso público, é agora.
Mobilize-se! Defenda-se a si mesmo e aso seus companheiros. Lute pelos seus direitos!
Luciano Beregeno, da Fenajufe
Arte: Annelise Oliveira
