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Notícia

Sindicatos da Fenajufe repudiam negativa do governo sobre reajuste a servidores; SitraAM/RR entre os que lutam por isonomia

A concessão de aumento apenas para uma categoria do funcionalismo provocou uma explosão de indignação e repúdio no restante das categorias desprezadas pelo governo. Ao privilegiar servidores da área de segurança, numa explicita manobra eleitoreira, o governo criou enorme problema nacional.

O conjunto de servidoras e servidores reforça unidade para garantir isonomia e reajuste salarial para todo serviço público. Sem reajuste há seis anos e com mais de 10% de perdas somente em 2021, é inaceitável que apenas 3% das categorias sejam beneficiadas com o reajuste.

No Judiciário, as manifestações de repúdio foram imediatas. Os sindicatos de base se movimentam no sentido de fortalecer a luta em defesa da recomposição salarial e com isso derrubar o prolongado período de congelamento.

O debate já foi iniciado na categoria e é consenso o enfrentamento contra o descaso do governo com as demais categorias que ficaram de fora do reajuste. As ações vão desde lives com especialistas até a realização de assembleias que vão deliberar o formato da atuação conjunta para exigir isonomia salarial.

Já nesta semana, participaram do Dia Nacional de Luta (18), com ato virtual e presencial em alguns casos, como o Sintrajufe/PE, Sindjuf/PA-AP (local) e Sintrajufe /RS, Sintrajud/SP, Sindjufe/PB, que enviaram representantes para os atos em Brasília.

Como forma de protesto, os sindicatos SitraAM/RR e Sisejufe/RJ publicaram nota de repúdio ao governo em suas redes sociais.

O presidente do SitraAM/RR, Luiz Cláudio Correa, também coordenador da Fenajufe, disse achar injusto e “injustificável” Bolsonaro confundir seu papel de presidente e de candidato e afirma que “usar dinheiro público para garantir votos é abuso de poder econômico, é crime” e um “desrespeito aos servidores públicos e aos próprios servidores da segurança pública estatal”. Pra ter justiça, tem que ter reajuste para todas as categorias e carreiras”, concluiu. Veja nota (AQUI)

Para a diretoria do Sisejufe é urgente que o STF se pronuncie na defesa de seu quadro de trabalhadores e trabalhadoras, e inicie com o governo “diálogo necessário à construção de uma política de recomposição salarial e valorização da carreira.”

A nota publicada pelo sindicato carioca reafirma que “servidoras e servidores não medem esforços para entregar à sociedade, especialmente à população mais vulnerabilizada, seu direito fundamental de acesso à Justiça, honrando assim o Poder Judiciário”.

Na terça-feira (18), os dois sindicatos protagonizaram uma live com o tema “Reajuste Salarial -O que falta para conseguir?” O debate foi com o consultor legislativo Luiz Alberto Santos, Soraia Garcia, diretora do Sisejufe, Luiz Cláudio Correa, presidente do SitraAM/RR e João Vitor Albuquerque também diretor do Sisejufe.

No Ceará, o Sintrajufe/CE participou do seminário online do Fórum Permanente em Defesa do Serviço Público – Ceará, que ocorreu nesta quarta-feira (19).

Em sua fala, o diretor do sindicato e coordenador da Federação, Engelberg Belém, ressalta que o ano de 2022 é de luta e que “o reajuste salarial é direito de todos os servidores. A nossa luta deve ser fortalecida pela categoria e devemos ter estratégias bem definidas para alcançarmos a reposição.”

E não para por aí. Outros sindicatos já marcaram assembleias para deliberar sobre as estratégias de luta que possam garantir a recomposição salarial de forma justa para toda categoria.

O Sitraemg/MG encaminhou ofício ao Supremo Tribunal Federal solicitando audiência para tratar do tema. Ainda em dezembro passado, o sindicato solicitou ao Relator Geral do orçamento, deputado federal Hugo Leal (PSD/RJ) inclusão da reposição salarial na Lei Orçamentária Anual (LOA) de 2022.

Além desses, o Sintrajusc/SC agendou participação na 1ª reunião Online do Fórum dos Servidores do estado na quarta-feira (19) e o Sintrajufe/RS tem assembleia geral dia 20. Sintrajud/SP e demais sindicatos permanecem atentos ao calendário de mobilização aprovado pelo Fonasefe.

A gestão do presidente Bolsonaro é declaradamente contra os servidores públicos. Desde o início, seu mandato e equipe de governo atacam as categorias com descaso e desrespeito. O ano de 2021ficou marcado pela tentativa governista de desvalorização e destruição dos servidores e de todo funcionalismo.

Neste ano, a luta seguirá unificada pelo arquivamento da reforma administrativa (PEC 32) e por justa reposição das perdas salarias para todas e todos trabalhadores da administração pública.  

Caso o governo continue a negligenciar o pleito das categorias, o estado de greve previsto entre os dias 14 e 25 de fevereiro poderá se transformar em uma grande greve do funcionalismo.

Em ato realizado na terça-feira (18), servidores representantes das três esferas protocolaram pauta de reinvindicações no gabinete de Guedes, indicando como pauta emergencial a ser cumprida pelo governo, o reajuste salarial de 19,99% para o conjunto dos servidores públicos federais; o arquivamento da PEC 32/20 e a revogação da EC 95/2016 (Teto de Gastos). Leia: https://bit.ly/3FIf6Su

Os coordenadores Evilásio Dantas, Fernando Freitas, Thiago Duarte e Roberto Policarpo estiveram presentes. A Federação cumpriu todos os protocolos de segurança orientados pela Organização Mundial de Saúde (OMS), tanto para a coordenação quanto para o pessoal de apoio.

Fenajufe