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Greve nacional em construção

A mobilização nacional ainda é desigual, mas teve forças para, na quarta-feira (17), dar a largada na greve por tempo indeterminado em oito estados. Em São Paulo, a paralisação foi de 24 horas e haverá novo protesto no dia 25. A expectativa é de que ao longo dos próximos dias cresça a adesão nacional ao movimento (ver quadro ao final do texto).

A certeza de que não há tempo a perder foi reforçada na conversa que os servidores travaram com o relator da LOA na terça-feira (16). Dirigentes da federação nacional (Fenajufe) que estiveram na Comissão Mista de Orçamento conseguiram falar por alguns minutos com Argello. “O relator nos disse que tem uma reserva na especificação de carreiras [que poderia ser usada para o PCS], mas o prazo está se esgotando e que o compromisso dele era deixar um espaço até o dia 5 de dezembro, depois disso ele não poderia fazer mais nada”, diz Paulo Falcão, servidor de Alagoas e um dos coordenadores da Fenajufe que acompanhou a votação. Também estiveram lá Antonio Melquíades (Melqui, diretor do Sintrajud) e Valter Nogueira (RJ).
Outra vez, Argello mencionou a necessidade de o presidente do Supremo Tribunal Federal, Cezar Peluso, negociar a questão diretamente com Lula. “Ele diz que isso é urgente”, alerta Melqui. Essa urgência, explica, estaria ligada não só ao prazo da provável votação final da LOA em dezembro, mas às disputas por orçamento em curso.
 RELATOR SE NEGOU A INCLUIR O PCS
 Parlamentar da base de apoio do governo, escolhido para relatar o orçamento, Argello não quis se chocar com o Planalto reservando recursos específicos para o PCS. Poderia tê-lo feito e tornaria constrangedor para Lula tentar excluir essa previsão que, afinal, apenas atenderia ao princípio constitucional da independência entre os poderes. O senador não só recusou esse caminho, como já frisou mais de uma vez que seu empenho pelos projetos dos servidores termina quando o governo acender o sinal vermelho.
De todo modo, deixou uma porta aberta para um acordo ao mencionar a reestruturação de carreiras entre os itens pendentes de definição – lista que inclui desde o salário mínimo até dinheiro para obras da Copa do Mundo de 2014. Com isso, driblou tanto a saia justa política quanto eventuais restrições técnicas do regimento que norteia a tramitação do orçamento.
O assessor parlamentar da federação, Antonio Augusto Queiroz, observa que está caracterizada uma omissão no orçamento proposto com relação aos projetos do Judiciário e do MPU. Por isso, avalia, não haveria obstáculos técnicos para uma solução caso vingue um acordo entre o governo e o Judiciário – sem necessidade de alterar a LDO (Lei de Diretrizes Orçamentárias) e retardar ainda mais os projetos. “Eventual acordo entre os titulares dos poderes e órgãos envolvidos (...) ainda poderá ser contemplado no orçamento se concluído até 5 de dezembro, último prazo para votação final do parecer na Comissão de Mista”, escreveu em recente nota publicada pela Fenajufe.
 Sabe-se que os aspectos técnicos são secundários quando estão em jogo decisões políticas. O economista Washington Lima, coordenador do Departamento de Economia do Sintrajud que acompanhou projetos anteriores, costuma recordar que outros PCS’s foram aprovados sem previsões orçamentárias, só posteriormente incluídas por meio de emendas.

Todavia, as iniciativas atuais em torno do orçamento sinalizam, mais do que preocupações regimentais, movimentações relacionadas à negociação dos projetos. A não inclusão da demanda dos servidores no relatório preliminar da LOA reflete o veto de Lula a reajustes para os servidores. A brecha legal para inclusão até a votação definitiva, por outro lado, mostra que nada está definido e ainda é possível construir outro final para essa história. O desfecho desta disputa, para os servidores, é indissociável das dimensões que o reinício das mobilizações e a nova greve possam alcançar.

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