SitraAM/RR convoca filiados a participarem de ato em defesa da Justiça do Trabalho, dia 21

Tendo em vista a ameaça do governo brasileiro de extinguir a Justiça do Trabalho, a direção do SitraAM/RR convoca todos os seus filiados, no Amazonas e Roraima, a participarem, na próxima segunda-feira (21), às 9h, de ato público em defesa da manutenção de importante braço do Poder Judiciário.
A mobilização é um ato unificado do Tribunal Regional do Trabalho da 11ª Região (TRT11), SitraAM/RR, Ministério Público do Trabalho da 11ª Região (MPT11), Ordem dos Advogados do Brasil no Amazonas (OAB/AM), Associação dos Magistrados da Justiça do Trabalho da 11ª Região (Amatra11), Associação Amazonense de Advogados Trabalhistas (AAMAT/AM) e Associação Brasileira de Advogados Trabalhistas (ABRAT). 
Além dos servidores, advogados e magistrados, todos os cidadãos que se sintam prejudicados com essa possível extinção da Justiça do Trabalho também estão convidados para o ato, que vai ocorrer no hall de entrada do Fórum Trabalhista de Manaus, localizado na rua Ferreira Pena, 546, Centro.
“A união das partes interessadas é que vai evitar o fim da Justiça do Trabalho como instrumento de proteção social do trabalhador. Precisamos do engajamento de todos”, argumenta o vice-presidente do SitraAM/RR, Luis Cláudio Correa. 
Conforme o sindicalista, a manifestação do dia 21, em Manaus, já é uma prévia do ato nacional programado para o dia 5 de fevereiro, em Brasília. Na ocasião, serão debatidas todas as questões postas pelo governo e seus apoiadores como argumentos para a extinção da Justiça Trabalhista, que tem papel fundamental tanto na aplicação das leis em defesa da classe trabalhadora, como na mediação de conflitos entre patrões e empregados. 

Direitos ou emprego
Desde a época da disputa eleitoral, o presidente Jair Bolsonaro sempre deixou clara sua aversão à Justiça do Trabalho, bem como às leis de proteção ao trabalhador. Em diversas ocasiões chegou a afirmar que o brasileiro precisa escolher entre “ter direitos ou ter trabalho”. Não à toa, ele quer 'aprofundar' a famigerada Reforma Trabalhista de Michel Temer, aprovada em 2017.
Na ocasião, o golpista alegava que a reforma geraria milhões de empregos, mas o que se viu de lá para cá foi apenas uma maior precarização nas relações de trabalho. Bolsonaro usa argumento parecido para fragilizar ainda mais os direitos trabalhistas e as instituições responsáveis por sua defesa, como a Justiça do Trabalho. 

“Não há como negar a contribuição que damos para a Justiça desse país e em especial no que diz ao cumprimento da legislação trabalhista”, argumenta Luis Claudio, lembrando que, sem a Justiça do Trabalho, o trabalhador dica órfão.  

Em 16.01

SitraAM/RR