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Sitraam participa do Dia Nacional de Lutas com Servidores públicos e integrantes de movimentos sociais em Manaus

Militante sindicais, professores e integrantes de diversos movimentos sociais e políticos de Manaus participaram na manhã desta quinta-feira (14) de mais um Dia Nacional de Lutas contra a retirada de direitos dos trabalhadores e das classes mais humildes da sociedade brasileira, promovida pelo governo Michel Temer e sua facção no Congressos Nacional.

Os participantes do protesto se concentraram na entrada da Universidade Federal do Amazonas (Ufam), no Japiim, mais precisamente no chamado ‘bosque da resistência’, onde costumam acontecer diversas outras manifestações. Além de servidores públicos federais e demais categorias de trabalhadores, também estiveram presentes integrantes de movimentos como os sem teto, das mulheres, indígenas e imigrantes haitianos e venezuelanos.

Conforme Vasconcelos Filho, um dos representantes da Frente de Lutas Manaus Fora Temer, o protesto desta quinta teve como foco as reformas que retiram direitos da população, como a Trabalhista, Lei da Terceirização e Previdenciária Social. “Nosso intuito é estimular nas pessoas que sofrem com os desmandos desse governo a indignação necessária para lutar por seus direitos, para lutar por um país mais justo socialmente para todos”, comentou admitindo que grande parte do povo brasileiro está desestimulado e desacreditado.

“É tanta corrupção que algumas pessoas se sentem enfraquecida, frustradas, mas não podemos deixar de lutar, não podemos perder a capacidade de nos indignar e sonhar com um país melhor. Para isso precisamos unir forças”.

Para o vice-presidente do Sitraam, Luis Claudio Corrêa, o Ato mostra a força e a resistência dos trabalhadores: "Eles detem a caneta e o poder econômico e nós a nossa mobilização para evitar que vendam nossas vidas e direitos por malas com 500 mil reais". Para o dirigente, o povo trabalhador está num sofrimento limite e não há espaço para retirada de mais direitos. "Eles estão brincando com nossas vidas e nos fazendo de ratos de laboratório de suas experiências criminosas", completou.

Abaixo assinado

O coordenador regional do Sindicato dos Servidores da Fundação Oswaldo Cruz (Asfoc), André Ivan Lopes de Oliveira, levou para a manifestação um abaixo assinado em desfavor da emenda constitucional que limitou os gastos com saúde e educação. O documento será enviado ao Supremo Tribunal Federal (STF), juntamente com uma Ação Direta de Inconstitucionalidade (Adin) contra a chamada ‘emenda do teto’.

“O Brasil não pode ir na contramão de países que fazem exatamente ao contrário. Não podemos ter limites de investimentos em áreas tão fundamentais para o desenvolvimento do país”, falou, lembrando do que vem acontecendo no Ministério de Ciência e Tecnologia, onde os recursos foram quase totalmente contingenciados, e no qual sequer há certeza do pagamento de todas as bolsas até dezembro.   

“Os servidores públicos não são culpados pelo fracasso nas políticas públicas do país, assim como as pessoas que já têm tempo de serviço para se aposentar. Portanto, não podem pagar essa conta, esse ‘dízimo’ que segue de um lugar a outro nas malas do Cunha, do Gedel e de tantos outros que roubam os cofres públicos brasileiros”.

Já a professora Arminda Mourão, lembrou que a luta de todos é para barrar as medidas que acabam com a produção brasileira, mas ela também é política e ideológica, pois toda a vida econômica do país perpassa pela questão política, desde o preço dos alimentos mais básicos até à passagem de ônibus.

“Quem vota nessa política são aqueles que o povo coloca no poder, assim sendo, temos de desenvolver ações de esclarecimento político que ajudem o povo a votar em homens e mulheres que não estejam contaminados pela corrupção, que é uma característica do modo de produção capitalista”. Ainda segundo a professora, é preciso construir novas formas de sentir e pensar o mundo e, nesse contexto, os integrantes da academia precisamos fazer como o pessoal dos movimentos populares, ou seja, a luta tem de ser todos os dias. “Precisamos discutir a política econômica e ideológica na formação dos nossos alunos e dos trabalhadores, para atingir o seu discernimento, pois, para mudar é preciso lutar”.

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