Banco Cruzeiro do Sul não esclarece dívida astronômica dos servidores. Assessoria Jurídica do Sitraam reunirá com servidores para debater medidas judiciais contra o banco

Sem explicar como a dívida dos servidores se tornou astronômica e impagável, apesar de inúmeros parcelas pagas pelos servidores, o Banco Cruzeiro do Sul tenta de maneira assediadora cobrar os servidores do TRT 11 através da restrição do nome na lista de consumidores positivos (Serasa).

Cálculos e revisões realizadas pelo sindicato com base no valor da parcela mensal e das cartas com valores de quitação conseguidas por alguns servidores demonstram que durante a contratação, o Banco Cruzeiro do Sul inseriu no valor final do empréstimo a taxa referente ao agenciador, conhecido como "pastinha".

Essa manobra no contrato, considerada ilegal pela legislação do consignado, também é reforçada pelo saldo devedor continuamente crescente. Ou seja, quanto mais se paga, mais se deve.

O banco continua devendo aos servidores a cópia dos contratos, que também não foram averbados pela instituição no TRT 11, o que também é ilegal, e as cartas de saldo devedor, além de não dispor dos mecanismos de negociação exigidos pela lei - presença de preposto e atendimento telefônico e personalizado.

Na tentativa de sanar esses problemas, o Sitraam estará realizando, na sede administrativa da Praça 14 - Rua Visconde de Porto Alegre, 1012 - no dia 03 de fevereiro (terça-feira), às 14 horas, reunião com a Assessoria Jurídica Gomes & Bicharra para expor aos servidores interessados as medidas judiciais necessárias para contrapor as iniciativas do banco. 

"Precisamos debater essas medidas com todos pois é necessariamente um ato de cada interessado agir contra a arbitrariedade do banco sonegador de informações", esclareceu Luis Claudio Corrêa, presidente do Sitraam. Para o dirigente, está claro que o banco se esconde atrás dessa pressão para não prestar o atendimento e os esclarecimentos que são exigidos há três anos.

"Nosso tribunal e outros órgãos pelo Brasil agiram de maneira correta ao exigir que o banco cumpra a lei, protegendo o servidor das ilegalidade e da extorção promovida pela instituição fiananceira", finalizou o representante sindical.

Fica o convite aos interessados para participarem do encontro na sede da entidade.