Sitra-AM/RR divulga nota enviada ao STF protestando contra reajuste somente em fevereiro

A Diretoria do Sindicato recebeu indignada na tarde de ontem (10) a notícia de que o STF orientou os tribunais a pagarem o reajuste da GAJ somente em fevereiro, após a aprovação do orçamento no Congresso.

Para o presidente do Sindicato, o STF agiu em prejuízo a categoria e privilegiou o reajuste dos magistrados. “O que ficamos sabendo é que, como não pode pagar o reajuste da magistratura por ser atrelado ao orçamento, optou-se por não pagar ninguém. Uma vergonha”, esclareceu Luis Claudio, presidente do sindicato, que manteve os contatos com os representantes da federação durante a reunião dos diretores da fenajufe e a administração do STF.

“Não damos mídia, por isso o STF agiu dessa forma. Se fosse pra agradar a imprensa teria sido diferente”, protestou Luis Claudio.

Na quarta-feira os representantes do Sitra-AM/RR já haviam dialogado com a Diretora de Pessoal do TRT11 sobre o reajuste e seu reflexo na folha de janeiro. “Infelizmente toda boa vontade da administração do TRT 11 que já preparava a folha com reajuste foi em vão. Só temos a agradecer e lamentar a decisão do STF”, concluiu o dirigente da entidade, que deve enviar o ofício de protesto ao STF ainda hoje.

LEIA O TEOR DA NOTA ENVIADA AO STF

“Excelentíssimo Senhor Presidente do STF

Ministro Joaquim Barbosa

Lamentavelmente, após anos de luta e mobilização e uma aprovação de reajuste salarial abaixo do que esperava nossa categoria, mesmo enfrentando 7 anos sem reajuste salarial e um contínuo congelamento de benefícios, os servidores desta justiça especializada vem a público protestar contra a decisão de Vossa Excelência em orientar os tribunais para que não efetuem o pagamento do reajuste da GAJ em janeiro do corrente ano.

Tal fato só contribui com a precária política de sucateamento do serviço público e desvalorização dos servidores, que naturalmente têm o mês de janeiro como referência no pagamento de tributos oficiais e demais compromissos financeiros, ou seja, nossa revisão apenas seria para cumprir compromissos firmados pela própria legislação. Não teríamos Senhor Presidente, maiores ganhos, visto que, como falamos, o reajuste ficou muito aquém do que pleiteávamos e abaixo até mesmo da inflação do período de 2006 a 2012.

A decisão tomada por essa Corte Superior torna ainda mais precária a vida de todos os servidores que cumprem incessantes metas impostas pelo CNJ e esperam, mais uma vez, que o STF faça valer sua autonomia com sentimento de justiça.

Saudações sindicais.

Luis Claudio dos Santos Correa - Presidente do Sitra-AM/RR”