Warning: session_start(): open(/var/lib/php71/session/sess_014633b7f872b3488f60270f71a4c93f, O_RDWR) failed: Permission denied (13) in /home/storage/6/99/f5/sitraam1/public_html/site_antigo/lib/config.php on line 8

Warning: session_start(): Failed to read session data: files (path: /var/lib/php71/session) in /home/storage/6/99/f5/sitraam1/public_html/site_antigo/lib/config.php on line 8
SitraAM/RR
(92) 3233-3449   (92) 99267-1890

Notícias

Greve de 48 horas preocupa cúpula do Judiciário e força presidente do TSE a receber dirigentes da Fenajufe

Em vários estados, categoria faz “apagão”, comprometendo registro das candidaturas na Justiça Eleitoral. Movimento continua amanhã, com maior adesão

BRASÍLIA – 04/07/12 – O movimento nacional dos servidores está ganhando força em todo o país e já preocupa a cúpula do Judiciário Federal. Um dia antes de a categoria iniciar a greve de 48 horas em vários estados, com foco na Justiça Eleitoral aproveitando o prazo para o registro dos candidatos às eleições de outubro, a presidente do TSE, ministra Cármen Lúcia, recebeu os coordenadores da Fenajufe Pedro Aparecido e Antônio dos Anjos Melquíades [Melqui] para falar do PL 6613/09, que revisa o Plano de Cargos e Salários da categoria. No encontro, a ministra mostrou a preocupação com a possibilidade de os trabalhos na Justiça Eleitoral esta semana ficarem prejudicados devido ao movimento dos servidores. O encontro com os dirigentes sindicais aconteceu no mesmo dia em que Cármen Lúcia se reuniu com os presidentes dos tribunais regionais eleitorais de todos os estados.

Os coordenadores da Fenajufe, ao falar do calendário aprovado em vários estados, ressaltaram a insatisfação da categoria com a demora no fechamento de um acordo para votar o PCS, considerando que os trabalhos no Legislativo ficam comprometidos no segundo semestre por este ser um ano eleitoral. O coordenador Melqui informou à ministra que o próprio presidente do STF, ministro Ayres Britto, também já demonstra preocupação com o fato de até o momento as tratativas com o governo não terem tido avanços concretos. “A categoria está muito receosa com essa demora e, por isso, está indo à greve essa semana. O nosso objetivo maior não é comprometer o registro das candidaturas, mas sim garantir que as negociações de fato aconteçam e um acordo seja fechado em favor da revisão salarial. A greve também é para pressionar o governo e as lideranças partidárias. A nossa intenção sempre foi negociar à exaustão. Esperamos, portanto, um maior esforço nessa etapa, porque a categoria está muito angustiada”, ressaltou Melqui, ao solicitar que a ministra e o presidente do STF procurem a presidente da República Dilma Rousseff.

“O apelo da categoria em todo o país é que a senhora e o ministro Ayres conversem com a presidente Dilma. Os servidores reconhecem a movimentação que o TSE e o STF têm feito para tentar negociar o nosso reajuste. Então uma sinalização de que as coisas de fato estejam ocorrendo teria uma repercussão positiva, como a votação, por exemplo, do PL 6613/09 amanhã [hoje] na CFT. O que não podemos é deixar o pior acontecer para só depois resolver esse impasse. Agora, estamos escaldados, porque estamos há mais de três anos lutando por esse reajuste e a gestão anterior do STF não negociava”, ressaltou Pedro Aparecido, reforçando o pedido para que os dois ministros procurassem ainda ontem a presidente da República.

Os dois coordenadores da Fenajufe, ao explicar os motivos que levaram à categoria a deflagrar a greve de 48 horas em vários estados nessa semana do registro das candidaturas, lembraram que em 2010 o então presidente Lula disse que tão logo passassem as eleições daquele ano, ele negociaria o reajuste salarial com o ministro Cezar Peluso, ex-presidente do STF, o que acabou não ocorrendo. “Se não houver um acordo antes do recesso parlamentar, a maioria da categoria tem receio de que este acordo de fato saia. Não podemos repetir o que ocorreu em 2010”, disse Melqui. “Naquele ano passaram as eleições e a negociação não ocorreu. A prova disto é que estamos até agora lutando por este reajuste. Para a categoria, o maior desejo não é comprometer as eleições, mas estamos em um cenário bastante complicado”, completou Pedro.

Movimento já mostra efeitos e deve se fortalecer
Mesmo demonstrando descontentamento com a greve esta semana na Justiça Eleitoral, a ministra Cármen Lúcia informou aos coordenadores da Fenajufe que ainda ontem se reuniria com o ministro Ayres Britto e se comprometeu a avaliar com ele o que poderia ser feito esses dias para agilizar as negociações do Plano. Em contato ontem e hoje com coordenador Melqui, o presidente do STF confirmou a conversa com a ministra e disse que iria reforçar os contatos com representantes do Palácio do Planalto e com parlamentares.

Hoje de manhã, ainda antes da sessão da Comissão de Finanças e Tributação, Ayres Britto ligou para o presidente da CFT, deputado Antônio Andrade [PMDB-MG], oportunidade em que falou de sua preocupação quanto à demora no fechamento de um acordo para votar o PCS. Segundo Andrade, na conversa, Britto teria dito que gostaria que as negociações já tivessem sido resolvidas para que o projeto fosse apreciado na sessão de hoje. “O ministro falou da sua preocupação quanto à falta de avanço nas negociações, mas afirmou que está empenhado e esperançoso no fechamento de um acordo que atenda a todos”, informou presidente da CFT.

Na avaliação dos coordenadores da Fenajufe que participaram da reunião de ontem com a ministra Cármen Lúcia, a greve já está surtindo efeito, uma vez que forçou a cúpula do Judiciário a intensificar o diálogo com o governo e o Legislativo. No entanto, eles avaliam que o movimento precisa crescer, com todos os sindicatos promovendo manifestações unificadas, especialmente nos órgãos da Justiça Eleitoral, aproveitando a grande concentração de pessoas, autoridades políticas e veículos da grande imprensa, devido ao registro das candidaturas. O objetivo da Fenajufe e dos sindicatos de base é comprometer esse serviço, fundamental para que as eleições ocorram, e mostrar a disposição da categoria em paralisar os trabalhos enquanto não houver avanço nas negociações.

Top