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MPF quer obrigar DIlma a dar o rejuste ao Judiciário

Parecer da PGR sustenta que presidenta contrariou a Constituição ao impedir reajuste e pede ao STF que obrigue o Executivo a reservar R$ 7,7 bilhões para aumento no orçamento de 2013 - Eduardo Militão

 

Decisão de Dilma de segurar aumento do Judiciário causou atrito com o ex-presidente do STF Cezar Peluso

 

O Ministério Público Federal entrou na briga para forçar a presidenta Dilma Rousseff a incluir no orçamento (http://migre.me/8V1zB) previsão para aumentos salariais dos magistrados, dos procuradores da República e dos servidores do Judiciário e do Ministério Público. Parecer da vice-procuradora geral da República, Déborah Duprat, argumenta que a presidente descumpriu a Constituição ao não reservar R$ 7,7 bilhões para os reajustes deste ano. Para resolver o problema, ela pede ao Supremo Tribunal Federal que obrigue o Executivo a mandar essa reserva para aumentos no orçamento de 2013, o que deve ser feito até agosto. Mas o relator do caso, ministro Joaquim Barbosa, deve levar a ação direta de inconstitucionalidade ao plenário do Supremo só no segundo semestre. Assessores lembraram que ele está totalmente envolvido com o julgamento do mensalão, processo do qual o ministro é relator.

 

Veja a íntegra do parecer da PGR (http://s3.amazonaws.com/cfstatic/wp-content/uploads/2012/04/Parecer_MPF_Judiciario.pdf)

 

A ação foi aberta por uma associação de servidores do Judiciário. O objetivo da entidade era declarar o orçamento inconstitucional, o que paralisaria o país, com a suspensão imediata das obras, por exemplo. Por isso, para vencer a inconstitucionalidade atual, a procuradora Débora Duprat propõe apenas que a presidenta Dilma Rousseff seja obrigada a mandar a proposta de aumento no próximo orçamento.

“O que se propõe (…) é exortar a presidenta da República a incorporar, na proposta orçamentária de 2013, as propostas do Judiciário e do MPU”, escreve a vice-procuradora-geral em seu parecer à ação, apresentado esta semana. Em entrevista ao Congresso em Foco, Débora Duprat disse que, se for o caso, o Legislativo pode negar o aumento ou fazer modificação nos valores apresentados pelo Executivo.

A ação tem a força de, mais à frente, resultar na elevação dos vencimentos dos ministros do Supremo e do procurador geral da República dos atuais R$ 26,7 mil para R$ 32 mil. A remuneração dos ministros do STF é o teto do funcionalismo público. Também seriam elevados os salários dos 120 mil servidores do MP e do Judiciário da União. Como efeito cascata, haveria aumentos para magistrados e membros do Ministério Público nos estados num segundo momento.

Débora Duprat disse que o caso pode ser julgado procedente pelos 11 integrantes do STF. “Há sessões administrativas [do tribunal] em que os ministros, por unanimidade, têm essa compreensão”, afirmou a procuradora ao site.

Concorda com ela o coordenador de comunicação da Federação Nacional dos Servidores do Judiciário e da União (Fenajufe). “É um deboche”, afirmou Jean Loiola ao comentar a decisão de Dilma de não incluir o reajuste no orçamento. “Não cabe ao Executivo fazer cortes prévios.”

 

Contenção de gastos - Sob argumento de enfrentar a crise financeira internacional, no ano passado, Dilma negou espaço no orçamento para aumentos salariais dos ministros dos tribunais superiores, desembargadores, juízes federais, procuradores da República e servidores dos Judiciário e do Ministério Público.A presidente alertou para “risco de recessão” na economia e disse ser preciso que todos os Poderes fizessem “esforço” para reduzir despesas correntes. Como mostrou o Congresso em Foco, no corte orçamentário de R$ 55 bilhões feito este ano, a equipe econômica chegou a determinar até a duvidosa redução de pagamento de benefícios previdenciários, a fim de obter maior folga para investimentos.

Mas, para Débora Duprat, os argumentos de Dilma, “por mais louváveis que sejam”, não lhe davam o direito de excluir da proposta de orçamento os recursos para o Judiciário e o Ministério Público. “É curiosa a exortação de que todos os Poderes da República compartilhem o esforço de manter o Brasil em sua trajetória de equilíbrio fiscal”, escreveu a procuradora.

Débora Duprat indica não faltarem recursos financeiros para os aumentos. Diz que a lei permite que os gastos com pessoal fiquem limitados a até 50% da receita. Como hoje o custo da folha da União é de R$ 203 bilhões por ano, ou 33% do limite, haveria espaço para conceder o reajuste.

 

Iniciativa do governo - A Secretaria de Imprensa da Presidência da República não quis comentar o caso. A assessoria do Ministério do Planejamento afirmou que, por aguardar a decisão do Supremo, não considera oportuno se manifestar.

 

Na Nota Técnica 8/11 do Congresso Nacional (veja a íntegra) (http://s3.amazonaws.com/cfstatic/wp-content/uploads/2012/04/NTC_08_2011.pdf), consultores defenderam a legalidade da atitude da presidente Dilma ao excluir o aumento do Judiciário da proposta orçamentária. “[Isso] decorre do exercício da iniciativa privativa da Presidente da República consoante os contornos traçados na LDO [Lei de Diretrizes Orçamentárias]”, disseram eles.

As posições dos consultores do Congresso se assemelham à da presidente Dilma. Exemplo disso é resposta dela a outra ação judicial semelhante em tramitação no STF. Para derrubar as críticas do Sindicato dos Servidores do Judiciário do Distrito Federal, o governo usou como argumento notas técnicas de consultores do Congresso. Veja a resposta da AGU. (http://s3.amazonaws.com/cfstatic/wp-content/uploads/2012/04/RespostaAGU_MS30896.pdf)

 

AUMENTO DO JUDICIÁRIO FOI PRINCIPAL TEMA DE ELEIÇÕES DE SINDICATO 

 

Chapa derrotada ameaça ir à Justiça para garantir 2º turno no Sindicato dos Servidores do Judiciário e do Ministério Público em Brasília. Mas tanto situação quanto oposição concordam que parecer da PGR ajuda categoria a buscar reajuste - Eduardo Militão

Discutido até no Supremo Tribunal Federal, o aumento do Judiciário, que foi barrado pela presidenta Dilma Rousseff, foi o principal tema das eleições do Sindicato dos Servidores do Judiciário e do Ministério Público em Brasília (Sindijus-DF), o maior do país. Dos 120 mil funcionários da Justiça, 25 mil estão no Distrito Federal. Derrotada pelo grupo da situação, ligado ao deputado Roberto Policarpo (PT-DF), a Chapa 2 ameaça recorrer para garantir um segundo turno.

“Todo mundo concorda com o aumento. O problema é que as pessoas da Chapa 2 querem mudar o perfil do aumento”, reclamou a coordenadora do Sindijus Ana Paula Cusinato, da Chapa 1. Ela se refere à proposta de pagar os funcionários por meio de subsídios – e não contracheques com “penduricalhos”, que geram supersalários segundo o ministro do Tribunal de Contas da União Raimundo Carreiro.

Projeto multiplica supersalários no Judiciário - O diretor administrativo da Chapa 2, Stanley Carvalho, disse que parte do grupo defende o subsídio, mas que isso não impede de discutir os projetos de lei em andamento no Congresso. “Nós queremos o aumento, mas queremos despartidarizar o sindicato”, afirmou ele ao site, referindo-se à predominância do PT na direção atual.

 

Discordância - De acordo com a atual direção do Sindijus, a Chapa 1 venceu as eleições com 2.263 votos, contra 1.969 da oposição. Mas a Chapa 2 afirma que o resultado não foi proclamado oficialmente. Caso isso seja feito, o grupo derrotado promete ir à Justiça para exigir um segundo turno, já que o grupo da situação não obteve 50% dos 5.095 votos.

Ana Paula afirma que o Estatuto do sindicato não prevê segundo turno. “Se eu tivesse perdido, não estaria tentando ganhar no tapetão”, provocou.

A chapa 2 ainda afirma que as urnas não circularam corretamente em locais onde eles tinham mais potencial de votos. “Em locais que concentravam votos da chapa 2, como o Conselho Nacional de Justiça (CNJ), a urna apareceu faltando uma hora para se encerrarem as eleições”, afirmou Stanley.

Ana Paula disse que houve uma organização própria da organização para que as 27 urnas circulassem de maneira a permitir que todos participassem. “A urna passou em todos os locais, mas não na hora que a pessoa quis”, disse

 

Importância - O que a situação, a oposição e a Federação Nacional dos Sevidores do Judiciário e Ministério Público (Fenajufe) concordam é que o parecer da Procuradoria Geral da República ajuda a categoria a buscar o rejuste, que vai custar R$ 7,7 bilhões por ano.

“É de muita importância para a gente. Estamos há sete anos sem aumento”, afirmou Stanley. “Isso é tudo o que a gente buscou em 2011. Antes tarde do que nunca”, contou o diretor do Sindijus Jailton Mangueira.

 

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