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Dilma inicia entrega de aeroportos para setor privado, que já cobra até copo d'água em voos

Presidenta segue Programa de Desestatização iniciado por Collor e mantido por FHC e Lula, apesar da promessa eleitoral de não privatizar

 

Quase um ano e meio após ter sido eleita prometendo não privatizar e interromper o processo de desestatização iniciado 20 anos atrás pelo governo de Fernando Collor, a presidenta Dilma Rousseff começa a pôr em prática, nesta segunda-feira (6), a privatização dos aeroportos brasileiros, com o leilão do controle de três unidades: Guarulhos (SP), Campinas (SP), o maior do país, e Brasília (DF).

O leilão que acontecerá na Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) é conduzido a toque de caixa, como admitiu, ou comemorou, a ministra do Planejamento, Miriam Belchior. Ela declarou que a privatização será em tempo “recorde” – pouco mais de seis meses se passaram desde a decisão do governo de incluir os aeroportos no Programa Nacional de Desestatização (PND). Criado no governo Fernando Collor, que acabou destituído por corrupção, o PND segue em vigor, apesar das freqüentes críticas de integrantes dos governos petistas – Dilma e, antes Lula – às privatizações.

Acontece ainda em meio às polêmicas lançadas pelo livro “A Privataria Tucana”, do jornalista Amaury Ribeiro, que relata casos de irregularidade e corrupção nas privatizações ocorridas no governo FHC. A ‘pressa’ em privatizar – que ajuda a gerar desconfiança sobre a lisura e os interesses envolvidos – é um dos problemas apontados por críticos ao programa de desestatização do governo tucano. A nova privatização petista, a exemplo do ocorreu nas anteriores, também contará com recursos públicos – dinheiro do BNDES financiará o processo, a juros abaixo dos cobrados no mercado.

Onze grupos empresariais disputam a concessão dos três aeroportos. O setor privado já controla todas as companhias aéreas brasileiras, área que passa por um processo de concentração – hoje apenas duas empresas, TAM e GOL, dominam mais de 90% do mercado. A privatização acontece após uma campanha declarada dos grandes veículos de comunicação, que trabalharam para criar uma imagem de que os aeroportos do país não funcionam. Nesse processo, problemas diretamente ligados a empresas – como atrasos no voos ou venda de passagens além da capacidade das aeronaves – acabaram depositados na conta da Infraero, a estatal que administra os aeroportos.

A qualidade dos serviços (privados) oferecidos pelas aéreas, porém, vem decaindo. Há ainda uma ampliação do que é tarifado. Na TAM, agora paga-se por acentos menos desconfortáveis. Na Web Jet, comprada pela GOL, não há como pagar conforto – todas as cadeiras, além de apertadas, não são mais reclináveis –, mas até o copo d’água é tarifado: custa três reais, com o detalhe de que é proibido ao passageiro embarcar com sua própria água. Não surpreende, portanto, que críticos da privatização temam que as concessões levem ao aumento de tarifas e à piora de serviços.

 

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