O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva abortou pessoalmente dois planos desenhados por seus auxiliares para abrir os aeroportos para a iniciativa privada. Em 2008, vetou estudos do BNDES para eventual privatização da Infraero. Em 2009, o governo trabalhou firmemente na concessão do Galeão e de Viracopos, mas Lula vetou de novo o projeto.
Nos primeiros meses de seu mandato, sob o risco de um vexame na Copa do Mundo de 2014 e buscando destravar investimentos para atender ao rápido crescimento da aviação comercial, Dilma decidiu romper um paradigma no PT e comprar a briga com os sindicatos. O resultado será transferir para a gestão privada dois dos aeroportos mais lucrativos do país - Guarulhos e Campinas-, além do de Brasília.
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Dilma cercou-se de cuidados, políticos e técnicos para levar adiante as concessões. O governo baniu o termo privatização de declarações públicas. A ideia é enfatizar a diferença com as concessões feitas no governo FHC frisando a participação de 49% da Infraero.