Continuando os trabalhos da Plenária Nacional dos Servidores Públicos em Brasília, no Teatro do Sindicato dos Bancários, convocada pelas entrais Sindicais, os debates agora trataram do plano de ações. O encontro reúne servidores de todas as esferas desde as 9 horas, debatendo a investida do mercado – via governo, Congresso e Judiciário – contra os serviços públicos.
Pela Fenajufe, presença dos coordenadores Elcimara Souza, Erlon Sampaio, Fabiano dos Santos, Ramiro Lopez, Roberto Policarpo e Thiago Duarte. Presença do Sitraemg (MG), Sintrajud (SP), Sintrajufe (RS) e Sisejufe (RJ).
O ataque denunciado pelas entidades nacionais e sindicatos de base, se materializa nas propostas enviadas pelo governo Bolsonaro ao Congresso e outras nascidas nas próprias Casas Legislativas Federais, que reduzem direitos dos trabalhadores e aposentados, tanto da iniciativa privada quanto do setor público.
As entidades aprovaram um plano de ação unitário com 14 pontos que orientam as atividades a serem desenvolvidas com foco no combate ao desmonte dos direitos.
A Plenária ainda aprovou Manifesto (Leia AQUI) que denuncia a mentira que representam as medidas do governo, ao não combater privilégios ao preservar salários de parlamentares, magistrados e militares das forças Armadas, sacrificando com reduções os servidores públicos e trabalhadores da iniciativa privada.
No documento ainda é apontada a necessidade de frear a sanha privatista do governo, aviso a entregar o patrimônio nacional a empresas estrangeiras em nada comprometidas com o desenvolvimento social e econômico do país.
O manifesto termina conclamando a todos e todas a lutarem POR EMPREGO, DIREITOS E MELHORES CONDIÇÕES DE VIDA E TRABALHO:
- Contra as privatizações e os pacotes do governo Bolsonaro que querem acabar com os serviços públicos e reduzir salários e direitos de quem atende a população.
- Pela rejeição da MP 905 do governo que significa o extermínio de direitos e o aumento da miséria da classe trabalhadora.
- Basta de ataques às organizações dos trabalhadores; em defesa das liberdades democráticas; contra os planos ultra-liberais de Bolsonaro e Guedes.
A Plenária foi ainda o momento de um ato politico pela união dos trabalhadores em defesa do Brasil. União. A palavra-chave, uma vez que nenhuma categoria vai reverter os danos sozinha.
Para construir essa unidade, expositores destacaram a importância das categorias abraçarem as pautas transversais de mulheres, negros, LGBTQ+, juventude, meio-ambiente, dentre tantas, que unificarão a luta e assim levar o povo às ruas.
O plano de ações unitárias aprovado é o seguinte:
- Realizar ampla divulgação do manifesto aprovado na Plenária, convidando as entidades democráticas, sindicais, sociais e civis a assinarem o manifesto em apoio ao movimento.
- Criar um comando unitário nacional e frentes únicas nos Estados para organizar um trabalho nos parlamentos e na base, unificando as mobilizações e lutas de forma a amplificar suas narrativas e argumentos junto à opinião pública e meios de comunicação.
- Unificar o trabalho parlamentar de todas as entidades nas duas Casas do Congresso Nacional, nas assembleias estaduais e nas Câmaras municipais de forma a potencializar as posições em defesa dos serviços públicos, das empresas públicas e estatais, do Brasil e dos trabalhadores e trabalhadoras.
- Articular e potencializar o trabalho de comunicação de todas organizações e entidades inseridas nesta batalha, visando atingir de forma intensa a comunicação junto à opinião pública. Neste sentido, indicamos uma reunião de todos os setores de comunicação das entidades sindicais para discutir uma campanha publicitária unificada de defesa dos serviços públicos e das estatais.
- Potencializar a repercussão das ações junto aos Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário. Neste sentido, buscar alinhar as ações e capacidade de mobilização de forma a que os movimentos tenham mais força e maior irnpacto. Construir uma agenda unitária de lutas e atividades até o fim do ano.
- Articular com as diversas Frentes Parlamentares a realização de eventos em todas as Assembleias Legislativas e Câmaras Municipais em defesa dos serviços públicos, das empresas públicas e estatais, do Brasil e dos trabalhadores e trabalhadoras.
- Articular a aprovação nas Assembleias Legislativas e Câmaras Municipais de moções dirigidas aos deputados federais e senadores em defesa dos serviços públicos, das empresas públicas e estatais, do Brasil e dos trabalhadores e trabalhadoras, em especial contra a MP 905, PECs 186, 187 e 188, a reforma administrativa e as privatizações.
- Articular uma estratégia de ação unitária no campo jurídico em relação aos projetos contrários aos interesses desta ampla frente sindical em defesa dos serviços públicos, das empresas públicas e estatais, do Brasil e dos trabalhadores e trabalhadoras.
- Posicionar-se contra a PEC que prevê a redução da jornada e redução proporcional de salários e subsídios, e todas as medidas em tramitação contra os interesses soberanos do Brasil e dos trabalhadores e trabalhadoras.
- Realizar de 2 a 6 de dezembro 2019, uma semana de agitação e panfletagem na contra a MP 905, as PECs 186, 187 e 188 e o Pacote de ajustes do Guedes.
- Realizar em 12 de fevereiro uma atividade no Auditório Nereu Ramos da Câmara dos Deputados.
- Reforçar o dia 8 de março, dia internacional das mulheres.
- Indicar o dia 18 de março como uma data nacional de paralisação, mobilização, protestos e greves.
- Indicamos ainda às centrais sindicais a necessidade de discussão da realização de uma greve geral no país.
Fenajufe